Lutar pela vida

Sempre soube o que era cancro, sempre li, vi e até mesmo conhecia pessoas com essa doença. Hoje em dia trabalho por vezes com pessoas que tem cancro e vejo o dia-a-dia delas. Nunca esperei que fosse acontecer na minha família, alias no que toca a tua que seja doenças nunca esperamos que nos calhe a nós, mas a verdade calhou e foi como se o meu mundo tivesse acabado naquele momento. Pensei que por trabalhar no meio hospitalar e lidar com isso e diversas doenças e patologias me adaptasse melhor á ideia do meu avô ter cancro, não foi bem assim, não ajudou em grande coisa, talvez por saber todo o processo pelo qual ele irá e está a passar me esteja a causar um certo desconforto.
Não é fácil lidar com uma pessoa que tem cancro, não é fácil lidar com qualquer doença, mas esta a meu ver é bastante diferente.
Um homem saudável, em poucos dias ficou magro, sem força, e sem cabelo.Os tratamentos duram horas a fio, e se fazem efeito? Sinceramente nem sei o que pensar a esse respeito. O cancro marca a vida das pessoas, não só aquelas que o tem mas também a nós que lidamos e tratamos delas.
No caso do meu avô, é um cancro na garganta, já não consegue comer grande coisa pela boca, então pos uma sonda no estomago para comer por lá. O que para mim não fazia confusão dar a alimentação lá no hospital com uma seringa pela sonda aos doentes, dar ao meu avô causa-me impressão se bem que essa não será a palavra correta.
Os tratamentos são bastante agressivos, e ve-lo a por a mão no cabelo e ele a cair, ve-lo a chorar deixa-me fraca, e sim, sei que tenho de ser forte por mim, por ele, e principalmente pela minha avó que coitada não tem grandes forças para isto tudo que está a acontecer.
As pessoas com cancro tornam-se pessoas mais fortes que nós, são pessoas diferentes, sei que não há cura, há só uma estagnação por tempo indeterminado, mas devemos pensar positivo.
Se eu já ajudava instituições, já fazia apelo na luta contra o cancro, agora faço a dobrar!




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